Ascensão da Burguesia
Durante a passagem da Idade Média para Idade Moderna houve o processo da expansão marítima européia.
Trata-se de um dos mais importantes momentos de transição na História, caracterizado pela crise do sistema feudal e pelo advento do capitalismo.Nessa época, entre os séculos XV e XVI, o Velho Mundo assistia a ascensão da burguesia mercantil, à formação das Monarquias Nacionais, à afirmação da cultura renascentista e à ruptura da unidade cristã na Europa ocidental em decorrência da Reforma Protestante.
O quadro econômico europeu altera-se profundamente com o término das Cruzadas no século XIII, o que provocou a reabertura do mar Mediterrâneo e o Renascimento Urbano e Comercial. O comércio desenvolvido nesse período era dominado por importantes cidades portuárias italianas, destacando-se Gênova e Veneza, que controlavam a ligação da Europa ocidental com os principais centros comerciais do Oriente Próximo, como Alexandria e Antióquia, além de Constantinopla, capital do Império Bizantino.
Durante o século XIV, a Guerra dos 100 Anos, associada à peste negra e à fome, afetou não apenas a economia feudal, já decadente, mas também o dinâmico comércio mediterrâneo, o que se convencionou chamar na História de "crise de retração" do comércio europeu, Já no século XV, fala-se numa "crise de desenvolvimento", devido a escassez monetária e a necessidade de novos mercados para o comércio europeu.
Assim, a expansão Marítima poderia reativar o comércio da Europa ocidental com o Oriente, quebrando o monopólio italiano nessa região, além de poder representar um afluxo de metais preciosos, obtidos através do comércio ou da exploração de jazidas descobertas. Assim a burguesia se densenvolveu como classe, com o próprio crescimento do comércio monetário.
Numa economia que tendia cada vez mais para o caráter comercial e urbano, era importante a padronização monetária, como também a centralização da defesa militar e elaboração de leis nacionais. A burguesia assim, alia-se aos reis, que diante da crise do feudalismo, concentram cada vez mais poderes em suas mãos, resultando na formação das Monarquias Nacionais, das quais a primeira foi Portugal em 1385(Revoluçaõ de Avis).